sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A HIPOCRISIA DOS FALSOS LÍDERES





Por João Calvino 

Espíritos sedutores (1Tm 4.1-3). Paulo está se referindo a profetas ou mestres, aplicando-lhes esse título porque se vangloriavam de possuir o Espírito, e ao procederem assim estavam causando impressão sobre o povo. Em geral, é deveras verdade que todas as classes de pessoas falam da inspiração de um espírito, mas não o mesmo espírito que inspira a todos. Pois às vezes Satanás passa por espírito mentiroso na boca dos falsos profetas, com o fim de iludir os incrédulos que merecem ser enganados [1 Rs 22.21-23]. Mas todos quantos atribuem a Cristo a devida honra falam pelo Espírito de Deus, no dizer de Paulo [1 Co 12.3]. Esse modo de expressar-se teve sua origem na reivindicação feita pelos servos de Deus, a saber, que todos os seus pronunciamentos públicos lhes vieram por revelação do Espírito; e, visto que eram os instrumentos do Espírito, lhes foi atribuído o nome do Espírito. Mais tarde, porém, os ministros de Satanás, através de uma falsa imitação, como fazem os símios, começaram a fazer a mesma reivindicação em seu favor, e da mesma forma falsamente assumiram o mesmo nome. Eis a razão por que João diz: "provai os espíritos, se realmente procedem de Deus" [1 Jo 4.1].

Além do mais, Paulo explica o que quis dizer, acrescentando: e doutrinas de demônios, o que eqüivale dizer: "atentando para os falsos profetas e suas doutrinas diabólicas". Uma vez mais digamos que isso não constitui um erro de somenos importância ou algo que deva ser dissimulado, quando as consciências dos homens são constrangidas por invenções humanas, ao mesmo tempo que o culto divino é pervertido.

Pela hipocrisia, falam mentiras. Se esta frase for considerada como uma referência aos demônios, então falar mentiras será uma referência aos seres humanos que falam falsamente pela inspiração do diabo. Mas é possível substituí-la por: "através da hipocrisia dos homens que falam mentiras". Evocando um exemplo particular, ele diz que falam mentiras hipocritamente, e são marcados com ferretes em sua consciência. E devemos observar que essas duas coisas se relacionam intimamente, e que a primeira flui da segunda. As más consciências que são marcadas com o ferrete de seus maus feitos lançam mão da hipocrisia como um refúgio seguro, a saber, engendram pretensões hipócritas com o fim de embaralhar os olhos de Deus. Aliás, esse é o mesmo expediente usado por aqueles que tentam agradar a Deus com ilusórias observâncias externas.

E assim, a palavra hipocrisia deve ser entendida em relação ao presente contexto. Ela deve ser considerada primeiramente em relação à doutrina, e significando que gênero de doutrina é esse que substitui o culto espiritual de Deus por gesticulações corporais, e assim adultera sua genuína pureza, e então inclui todos os métodos inventados pelos homens para apaziguar a Deus ou obter seu favor. Seu significado pode ser assim sumariado: em primeiro lugar, que todos os que introduzem uma santidade forjada estão agindo em imitação ao diabo, porquanto Deus jamais é adorado corretamente através de meros ritos externos. Os verdadeiros adoradores "o adorarão em espírito e em verdade" [Jo 4.24]. E, em segundo lugar, que esse culto externo é uma medicina inútil por meio da qual os hipócritas tentam mitigar suas dores, ou, melhor, um curativo sob o qual as más consciências ocultam suas feridas sem qualquer valia, a não ser para agravar ainda mais sua própria ruína.

Proibindo o matrimônio. Havendo descrito a falsa doutrinação em termos gerais, ele agora toma nota de dois exemplos específicos dela - a proibição do matrimônio e de certos alimentos. Tal atitude tem sua origem na hipocrisia que abandona a genuína santidade e então sai em busca de algo mais à guisa de dissimulação. Pois aqueles que não se abstêm da soberba, do ódio, da avareza, da crueldade e de coisas afins, tentam adquirir justiça por seus próprios esforços, abstendo-se daquelas coisas que Deus deixou para o nosso livre uso. A única razão por que as consciências são sobrecarregadas por tais leis é porque a perfeição está sendo buscada à parte da lei de Deus. Isso é feito pelos hipócritas que, procurando transgredir impunemente aquela justiça interior que alei requer, tentando ocultar sua perversidade interior por meio de observâncias externas, com as quais se encobrem como com véus.

Isso se constituía numa clara profecia do perigo que não seria difícil de se observar, se os homens atentassem para o Espírito Santo que fez registrar uma advertência tão distinta. Não obstante, percebemos que as trevas de Satanás geralmente prevaleciam, de tal sorte que a clara luz dessa perfeita e memorável predição não deixou de cumprir-se. Não muito depois da morte dos apóstolos levantaram-se os encratitas ~ que derivaram seu nome do termo grego, continência —, os tacianistas*, os catarístas, Montanocom sua seita e finalmente os maniqueus, que sentiam extrema aversão por carne como alimento e pelo matrimônio, e condenavam a ambos como sendo profanos. Ainda que tenham sido repudiados pela Igreja em razão de sua arrogância em pretenderem obrigar os demais a sujeitarem-se a seus pontos de vista, não obstante tornou-se evidente que, mesmo aqueles que os resistiram, cederam aos seus erros mais do que lhes era conveniente. Esses de quem estou falando agora não tiveram intenção de impor uma nova lei aos cristãos, contudo atribuíam mais importância a observâncias supersticiosas, como abstinência do matrimônio e de carne como alimento. Tal é a característica do mundo, sempre imaginando que Deus pode ser cultuado de uma forma carnal, como se ele mesmo fosse carnal. A situação se tornava gradualmente pior, até que um estado de tirania se fez prevalecente, ao ponto de o matrimônio não mais ser lícito aos sacerdotes ou monges, ou que em todos ou em certos dias não comerem carne. Por conseguinte, temos boas razões para hoje crer que essa profecia se aplica aos papistas, visto que obrigam o celibato e a abstinência de alimentos mais rigorosamente do que a obediência a qualquer dos mandamentos de Deus. Acreditam que podem escapar da acusação de torcer as palavras de Paulo, fazendo-as aplicar-se aos tacianistas, aos maniqueus ou a grupos afins, como se os tacianistas não pudessem tê-la evitado da mesma forma, voltando as censuras de Paulo contra os catafrinenses e contra Montano, o autor dessa seita; ou como se os catafrinenses não pudessem facilmente fazê-la retroceder contra os encratistas como culpados em seu lugar. Aqui, porém, Paulo não está preocupado com pessoas, e, sim, com os pontos de vista que elas defendiam; e mesmo que surgisse uma centena de seitas diferentes, todas elas laborando sob a mesma hipocrisia em exigir a abstinência de alimentos, todas estariam incorrendo na mesma condenação.

Portanto, debalde se faz que os papistas evoquem os antigos hereges como sendo eles os únicos alvos da condenação paulina. E mister que vejamos bem se porventura não são igualmente culpados. Alegam que são distintos dos encratistas e maniqueus, porquanto não proíbem de forma absoluta o matrimônio e alimentos, senão que obrigam a abstinência de carne somente em certos dias, e exigem um voto de celibato somente aos monges, sacerdotes e freiras. Mas essa é uma desculpa completamente frívola, porquanto fazem a santidade consistir dessas coisas e estabelecem um culto a Deus falso e espúrio, bem como escravizam as consciências humanas com uma compulsão da qual devem estar totalmente livres.

No quinto livro de Eusébio há um fragmento dos escritos de Apolônio no qual, entre outras coisas, repreende Montano por ser o primeiro a dissolver o matrimônio e a estabelecer regras para o jejum. Ele não diz que Montano proibisse universalmente o matrimônio ou certos alimentos. É suficiente impor às consciências humanas uma obrigação de se fazer essas coisas e cultuar a Deus através de sua observância. Proibir coisas que são de livre uso, seja em termos universais, seja em casos especiais, é sempre uma tirania diabólica. Mas isso se tornará ainda mais óbvio à medida que certos tipos de alimentos aparecerem na próxima cláusula.

Os quais Deus criou. É mister que notemos bem a razão apresentada por que devemos viver contentes com a liberdade que Deus nos concedeu no uso dos alimentos. E porque Deus os criou para esse fim. Eles proporcionam o maior contentamento a todos os piedosos, por saberem que todos os tipos de alimentos que comem lhes são postos nas mãos pelo Senhor, para que desfrutem deles de modo puro e legítimo. Como é possível que os homens excluam o que Deus graciosamente concedeu? Podem, porventura, criar alimentos? Ou podem, porventura, invalidar a criação de Deus? Lembremo-nos sempre de que Aquele que criou é também o mesmo que nos faz desfrutar de sua criação, e é debalde que os homens tentem proibir o que Deus criou para o nosso uso.

Deus criou o alimento para ser recebido, ou seja, para o nosso usufruto. Ele, porém, acrescenta: com ações de graças, pois o único pagamento com que podemos retribuir a Deus por sua liberalidade para conosco é dando testemunho de nossa gratidão. E assim, ele expõe a uma maior execração os perversos legalistas que, mediante novas e precipitadas sanções, obstruíam o sacrifício de louvor que Deus especialmente requer que lhe ofereçamos. Além do mais, não é possível haver ações de graças sem sobriedade e moderação, e não é possível haver genuíno reconhecimento da benevolência divina por parte de alguém que impiamente a insulta.
Fonte: Josemar Bessa


sábado, 22 de outubro de 2011

PREGAÇÃO DA PROSPERIDADE: ENGANOSA E MORTÍFERA








Por John Piper

Quando leio sobre pregação de prosperidade nas igrejas, minha resposta é: “Se não estivesse dentro do Cristianismo, eu não desejaria estar”. Em outras palavras: se essa é a mensagem de Jesus, não, obrigado!

Atrair as pessoas a Cristo prometendo riqueza é tanto enganoso como mortífero. É enganoso porque quando o próprio Jesus nos chamou, ele disse coisas como: “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:33). E é mortífero porque o desejo de ser rico faz com que as pessoas caiam “na ruína e perdição” (1 Timóteo 6:19). Assim, aqui está o meu apelo aos pregadores do evangelho.

1. Não desenvolva uma filosofia de ministério que torne difícil as pessoas entrar no céu . Jesus disse: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!”. Seus discípulos ficaram estupefatos, como muitos no movimento de “prosperidade” deveriam ficar. Assim, Jesus aumentou ainda mais o assombro deles dizendo: “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”. Eles responderam em descrença: “Então, quem pode ser salvo?”. Jesus disse: “Para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível” (Marcos 10:23-27). Minha pergunta para os pregadores da prosperidade é: Por que você desejaria desenvolver um foco ministerial que torna difícil as pessoas entrar no céu?

2. Não desenvolva uma filosofia de ministério que atice desejos suicidas nas pessoas. Paulo disse: “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1 Timóteo 6:6-10). Assim, minha pergunta para os pregadores da prosperidade é: Por que você desejaria desenvolver um ministério que encoraja as pessoas a se atormentarem com muitas dores e se afogarem na ruína e perdição?

3. Não desenvolva uma filosofia de ministério que encoraje a vulnerabilidade à traça e à ferrugem . Jesus adverte contra o esforço de ajuntar tesouro na terra. Isto é, ele nos manda ser doadores, e não guardiões. “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam” (Mateus 6:19). Sim, todos nós guardamos algo. Mas dada a nossa tendência inerente em todos nós para com a ambição, por que deveríamos tirar o foco de Jesus e invertê-lo totalmente?

4. Não desenvolva uma filosofia de ministério que faça trabalho duro significar acúmulo de riqueza . Paulo disse que não deveríamos roubar. A alternativa era trabalhar duro com as nossas próprias mãos. Mas o propósito principal não era meramente acumular ou mesmo ter. O propósito era “ter para dar”. “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Efésios 4:28). Isso não é justificação para ser rico a fim de dar mais. É um chamado para fazer mais e acumular menos, para que possa dar mais. Não há razão pela qual uma pessoa que ganha R$ 500.000,00 por ano deva viver diferentemente de uma pessoa que ganha R$ 200.000,00. Descubra um estilo de vida moderado; corte os seus gastos supérfluos; então, dê o restante. Por que você desejaria encorajar as pessoas a pensar que elas deveriam possuir riqueza para serem um doador generoso? Por que não encorajá-las a manter suas vidas mais simples e serem um doador ainda mais generoso? Isso não adicionaria à generosidade deles um forte testemunho que Cristo, e não as possessões, é o seu tesouro?

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

IGNORANTES POR CONVENIÊNCIA





Às vezes a ignorância pode ser uma benção. Não saber de fatos tristes do dia a dia no mundo, não saber de uma traição, não desmascarar uma mentira. Algumas destas vezes preferimos não saber a verdade por que ela dói, preferíamos permanecer na ignorância. Mas a ignorância religiosa não se trata apenas de uma questão cultural, não se trata de desprezar a cultura do próximo, trata-se do que vai ser de você quando morrer. Em busca da verdade toda a humanidade está, em busca de uma salvação eterna todos estão, mas quem está com a verdade? Existe um contraponto do cristianismo bíblico para todas as outras religiões e que as pessoas não se dão conta disso. Esse fator isola o cristianismo bíblico de todas as outras religiões e até mesmo de crendices populares, ou tramas culturais tradicionais. O catolicismo ensina que a salvação vem por meio das nossas obras, casamento, missa, batismo, nas procissões, na demonstração física (estúpida) de fé, etc. Os evangélicos pentecostais ensinam que não se salva quem não é batizado, quem não ora em línguas, e que perde a salvação se cometer pecado. O espiritismo ensina que as boas obras fazem com que nosso espírito ascenda a um nível superior após a morte. O mormonismo ensina que a prática dos parâmetros estabelecidos no livro dos mórmons proporcionará a salvação. Da mesma forma qualquer outra religião a salvação depende de uma forma ou de outra do ser humano, do seu esforço, da sua luta em ser aquilo que não é, puro moralismo sem fundamento. Mas o cristianismo bíblico mostra que na Bíblia o único meio de salvação é por meio da fé, que não é nossa é emprestada (cf. Hebreus 12.1-2), na graça imerecida do único e suficiente Senhor e Salvador Jesus Cristo (cf. I Timóteo 2.5 e Efésios 2.8-9). Mostra também que a salvação é um ato exclusivo da parte do Deus Triúno sem qualquer merecimento humano para obtê-la, muito menos de co-participação no processo salvífico. (cf. Romanos 8.29-30) . Graças a Deus por que a salvação daqueles que receberam a misericórdia de Deus para receberem a fé necessária para crer em Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador, não receberam por que mereceram, muito menos por que aceitaram a Cristo, antes, como disse Paulo, “nos escolheu nEle antes da fundação do mundo para sermos santos” (cf. Efésios 1.4). Se a salvação que recebemos dependesse de nós, mesmo que em uma mínima parte, estaríamos todos, sem qualquer exceção na humanidade, condenados ao inferno e ao lago de fogo e enxofre, por que todas as nossas ações que achamos serem as mais inocentes e justas, diante de Deus não passam de trapos da imundícia (cf. Isaías 64.6). Dizendo de outra maneira, o cristianismo bíblico nos mostra que a salvação não depende em absolutamente nada do ser humano. E glória a Deus por isso, por que se dependesse... ai de nós. E isso é completamente distintivo do cristianismo bíblico para qualquer outra religião no mundo. A ignorância por conveniência não consegue romper com o legalismo e as tradições cegas e infundadas, não consegue enxergar estas verdades na Palavra de Deus, preferem não saber, não ler a Bíblia e pensar, mas preferem continuar crendo (cf. crendice) naquilo que um reles pastor fala, naquilo que um reles padre ensina, naquilo que um reles papa define como verdade, ou que um louco que disse ter visto um anjo e recebeu a revelação de Deus, ou qualquer outra coisa parecida. Se esquecem que o Senhor Jesus afirmou com todas as letras: “Pai, santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (João 17.17). A Palavra de Deus, a Bíblia, é o fundamento, ela é a rocha que nos assegura a verdadeira informação que nos conduz à salvação em Cristo Jesus. Louvado seja Deus por Sua Santa e inerrante Palavra.
Júlio Pinto

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

1 Pedro, 5: 7b. Vale apena compartilhar.

"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós."

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O EVANGELHO E A MÍDIA



Originalmente pensei em escrever sobre “evangélicos e a mídia”, mas… o termo “evangélico” é um tanto quanto impreciso. Envolve uma arca de Noé que inclui desde cristianismo bíblico fundamentalista até seitas que são um coquetel sincretista de elementos do candomblé, catolicismo romano, bruxaria, superstição barata e até alguma coisinha retirada do Evangelho de Jesus. Então, quando se tenta pensar sobre o relacionamento entre os “evangélicos” e a mídia, há que se fazer uma perguntinha básica: de que evangélicos estamos falando? Por esta razão, em vez de falar sobre “evangélicos e a mídia”, preferi ser um pouco mais restritivo e pensar sobre o Evangelho e a assim chamada mídia.

Aliás, o termo mídia inclui todos os meios de comunicação, mas hoje em dia o termo é usado quase como sinônimo de TV. A meu ver este veículo, assim como um frasco de vidro, é por si só neutro: nem bom, nem ruim. Depende do que se põe dentro, ou no caso da mídia, do que transmite. É indiscutível seu poder para transmitir mensagens, sejam elas quais forem.

Tenho frequentemente me contorcido na poltrona ao ver na TV mascates travestidos de pastores, bispos, apóstolos, ou sei lá qual novo cargo vão ainda inventar na hierarquia, que vendem o que o povo quer comprar. Fiquei sabendo de um desses que enxuga o suor do rosto e depois oferece o paninho para curas milagrosas – duplamente nojento.  Copos de água, água do Jordão, poção para afastar espíritos malignos… No fundo quem rege esse tipo de “oferta” é o mercado, e o “bom” marqueteiro vende o que o mercado quer comprar.

Por outro lado, encontramos também (em número bem menor) gente séria que apresenta as boas notícias a respeito do Reino de Deus, oferece material honesto de instrução bíblica. Claro, com audiência bem menor, mas de qualquer forma, estão disponíveis para quem quiser ouvir.

Não poucos cristãos abandonaram suas congregações, muitos deles talvez com razões aceitáveis, e substituíram sua devoção por mensagens eletrônicas, ou por assim dizer, são hoje pastoreados por alguém da mídia. Muitos se deixam levar por bons comunicadores que usam o nome de Deus e brandem a Bíblia para pregar o que bem entendem e o “mercado” quer.

A mídia está aí e também seus mensageiros. Cabe a cada um comparar os ensinos com a Palavra, e orar por discernimento. Aliás, desconfio que nunca antes na história humana tenha sido tão necessário o dom de discernir espíritos.

Miguel Herrera

domingo, 2 de outubro de 2011

Abaixo assinado pela libertação do Pr Yousef Nadarkhani



Estamos em estado de URGÊNCIA pedindo a todos que preencham o abaixo-assinado para o EMBAIXADOR DO IRÃ em favor do nosso irmão YOUSEF.


Atenção para as orientacoes de como fazer:
1) vc deve abrir nesse link: ( Clique aqui)
2) preencha os espaços requeridos com seus dados pessoais: nome, sobrenome, endereço, Cidade, CEP e email.
3) no espaço onde está escrito ADD YOUR MESSAGE HERE, copie e cole o email abaixo (favor, nao acrescentar nada alem do que já está escrito)
    
 Your Excellency, the Ambassador of Iran
   
 Dear Sir,
  
 Along with many other people around the world, I have been following with great concern the case of Pastor Yousef Nadarkhani, who is being tried by a court in Rasht due to his religious beliefs.
I am writing to express my concern and hope that the court will drop all charges against Pastor Yousef, in accordance with international law and especially Iranian law and constitution, which clearly allows freedom for Christians to maintain their religious beliefs and practices.
I am also requesting Your Excellency to pass on my appeal and that of many others to the Iranian government, as a matter of great urgency in this case, so that an innocent person may not be condemned and the constitution of Iran may not be violated.
I am very grateful for your attention to this request.

Respectfully and sincerely,

4) Quando preencher todas as linhas, envie seu email ( send YOUR email)
Entenda o caso:


Poucos dias depois que o Irã libertou dois norte-americanos acusados de espionagem no país, um tribunal iraniano confirmou a acusação de apostasia contra o pastor Yousef Nadarkhani e sentenciou à morte.
O tribunal da província de Gilan determinou que o pastor Nadarkhani devia negar sua fé em Jesus Cristo, pois ele vem de uma família de ascendência islâmica. O SupremoTribunal do Irã disse anteriormente que não deveriam determinar se o pastor Yousef tinha sido muçulmano ou não em sua conversão.
No entanto, os juízes exigiram que ele se retratasse de sua fé em Cristo antes mesmo de terem provas contra ele. Os juízes afirmaram que, embora o julgamento vá contra as atuais leis iranianas e internacionais, eles precisam manter a decisão do Tribunal Supremo em Qom.
Quando pediram a ele para que se “arrependesse” diante dos juízes, Yousef disse: “Arrependimento significar voltar. Eu devo voltar para o quê? Para a blasfêmia que vivia antes de conhecer a Cristo?” Os juízes responderam: “você deve voltar para a religião dos seus antepassados, deve voltar ao Islã”. Yousef ouviu e respondeu: “Eu não posso fazer isso.”
Família
O pastor Yousef conseguiu ver seus filhos pela primeira vez desde março. Ele estava de bom humor e falava de sua enorme vontade de servir a Igreja depois que fosse libertado da prisão.
O pastor Yousef enfrentará duas “audiências’ adicionais hoje (27) e amanhã (28 de setembro) com o propósito principal de o fazerem negar sua fé cristã. Os advogados do pastor Yousef tentarão apelar para que revejam a sentença, mas se o tribunal agir segundo sua própria interpretação da Sharia (lei islâmica), Yousef pode ser executado amanhã.
Tecnicamente, não há mais direitos para recursos e sob a interpretação da lei da Sharia, o pastor Yousef tinha direito a três chances de se retratar. Amanhã será sua última chance de se retratar. Depois, ele poderá ser executado a qualquer momento.
Ore pelo pastor Yousef Nadarkhani, para que Deus o proteja e o livre da sentença de mortee possa ser liberto da prisão. Envolva mais pessoas para, juntos, intercedermos pelo nosso irmão.


Publicado originamente no Pulpito Cristão., vimos no Renato Vargens